Clipping - Rocha Faria: 58 faltam ao plantão

Sindicato marca greve para quinta-feira, quando orçamento da Saúde para 2018 será votado

 Sem repasse da prefeitura, a OS que mantém o Rocha Faria não vem pagando o salário dos profissionais de saúde. Ontem, 58 deles faltaram. Cinquenta e oito profissionais de saúde do Hospital municipal Rocha Faria, em Campo Grande, faltaram ao plantão da madrugada de ontem, em protesto contra as más condições da unidade. Na véspera, o número de ausências já havia obrigado a equipe que iniciou o plantão na noite de quinta-feira a trabalhar 24 horas seguidas.

— Hoje (ontem) não tivemos rendições em alguns setores. Vieram profissionais de outros lugares. Na noite de sexta-feira, depositaram de 40% a 50% do salário. Algumas pessoas receberam R$ 430 — disse uma enfermeira da unidade, que também sofre com a falta de remédios e insumos e continua com atendimento limitado a casos graves.

A OS Iabas, que administra o hospital, informou que recebeu R$ 5 milhões da Secretaria municipal de Saúde, mas a dívida é de R$ 15 milhões. A secretaria informou que monitorou a situação durante toda a noite, direcionado as ocorrências graves da região para os hospitais Albert Schweitzer e Pedro II.

Ontem, o Sindicato dos Médicos do Rio e a Associação de Medicina da Família e Comunidade do Rio marcou uma greve que vai paralisar as 227 unidades da atenção básica do Rio — clínicas da família e centros municipais de saúde — a partir de quinta-feira, dia em que a Câmara dos Vereadores votará o orçamento para a área da saúde em 2018. Entre as reclamações estão salários atrasados, demissões de funcionários e falta de remédios e materiais básicos para o atendimento à população.

A nossa luta não é apenas dos médicos por salário. Ela trata dos direitos dos trabalhadores e dos usuários do SUS — disse Leôncio Feitosa, presidente do sindicato.