Clipping - Fraudes anuais deixam planos de saúde 33% mais caros no país
Extra /
07/10/2017
A fraude anual envolvendo procedimentos médicos
desnecessários ou superfaturados no mercado de saúde deverá chegar a R$ 28
bilhões este ano, segundo estimativas do Instituto de Saúde Suplementar (IESS).
Na avaliação da entidade, o prejuízo impõe ameaças à sustentabilidade do setor,
mesmo resultando em preços mais altos para os usuários.
— O custo para o consumidor poderia ser 33% menor. Estamos
repassando a variabilidade dos custos de “hiperregulamentação” e judicialização
(corrida à Justiça quando as empresas de saúde negam atendimentos aos
usuários). Diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, as fraudes não
são punidas criminalmente — disse Irlau Machado Filho, vice-presidente da
Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
A diretora de Técnica Médica e Relacionamento com
Prestadores da Amil, Tereza Veloso, chamou a atenção para a queda da
remuneração médica nos últimos anos, o que pode levar profissionais de saúde a
tentarem recompor seus ganhos com procedimentos desnecessários:
— Houve achatamento dos honorários médicos ao longo dos
anos. Precisamos corrigir.
Para reduzir as perdas, os planos iniciaram uma cruzada
contra as fraudes, implementando fiscalizações sobre exames e procedimentos
requisitados por cada médico. Uma das medidas já autorizadas pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a exigência de uma segunda opinião médica
na avaliação de procedimentos, cirurgias, implantes e próteses. Entre as
fraudes comuns estão empréstimos de carteirinhas, pedidos de reembolso
superfaturados e pagamentos por procedimentos não realizados.