Clipping - Ministério da Saúde está fiscalizando escala de médicos nos hospitais do Rio
Blog Emergência - O Globo /
16/08/2017
O "cabo de guerra" entre médicos da rede federal de saúde no Rio e o ministro Ricardo Barros (foto acima) deve se acirrar no próximos dias. É que o novo diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Rio, o ortopedista Marcus Vinícius Dias (na foto abaixo, à direita), está fiscalizando as escalas das unidades.
Dias quer saber exatamente quantos servidores estão cumprindo a carga horária à risca. Acontece que alguns chefes de serviço de unidade federal não estariam incluindo essas informações no sistema. Com isso, o ministério alega não saber exatamente o tamanho de seu efetivo, de sua "força de trabalho".
O DGH espera concluir esta etapa para dar prosseguimento ao que vem chamando de reestruturação ou redefinição da rede federal. A ideia do Ministério da Saúde é que, até o fim deste ano, cada um dos seis hospitais da rede passe a concentrar especialidades de atendimento. Sendo assim, as unidades vão transferir alguns de seus setores para as outras.
Fala, ministro
Mas ministério e médicos vêm tendo uma relação difícill. Em maio, por exemplo, quando esteve no Rio, o ministro Ricardo Barros criticou a rede do Rio dizendo: "Estamos trabalhando duramente para melhorar a eficiência desses hospitais".
A declaração - assim como outras - não foi bem recebida pela classe médica. O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), por exemplo, diz que o ministério promove um "desmonte" dos hospitais. É que, entre outras coisas, alguns contratos temporários não estão sendo renovados, fazendo com que as unidades funcionem com déficit de profissionais.
Mudando de assunto
A relação do novo diretor do DGH, Marcus Vinícius Dias, com médicos está no início, e o diálogo é bom. Já com os funcionários do prédio do Ministério da Saúde a história é outra. Marcus contou ter uma memória afetiva com o lugar e conquistou a simpatia de alguns. É que o avô dele, Edson Dias, e o bisavô, Pedro Ananias, foram vigilantes do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). Por anos, Pedro e, depois, Edson trabalharam no prédio da Rua México (foto abaixo), o mesmo que hoje abriga o trabalho de Marcus.
- Quando eu era criança, eu vinha aqui e via meu avô trabalhando nesse prédio. Lembrei disso quando vim tomar posse. Costumo brincar com os vigilantes daqui que eu conheço bem o ofício deles - diz.