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Clipping - Hospital fica sem médicos

Extra /

20/06/2017


Unidade de Bonsucesso não tem plantonista aos sábados, domingos e segundas-feiras

Desde o início do mês, a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) funciona sem médico de plantão aos sábados, domingos e segundas. São três dias seguidos só com profissionais de enfermagem repetindo a medicação prescrita pelo médico plantonista da sexta-feira anterior. Ontem, após a morte de uma paciente, o setor foi fechado para novos atendimentos. Mas, dentro, cerca de 40 pessoas internadas lutam para sobreviver até o plantão de hoje.

Maria Elizete Vanderley da Silva, de 77 anos, internada na manhã do dia 4, domingo, não resistiu. Morreu na madrugada seguinte, sem socorro médico.

— Negaram atendimento no domingo de manhã, alegando não haver médico na emergência. Ela estava desfalecendo e decidiram chamar um médico que estava em outro prédio — relata o genro, o motorista Sérgio Henrique Dias, de 41 anos.

Com suspeita de hemorragia digestiva, a paciente foi internada e intubada pelo médico do plantão geral, que atende intercorrências nas enfermarias, cerca de 300 leitos.

— Às 19h, ao fim do seu plantão, o profissional foi embora. Não há rendição domingo

à noite. À 1h de segundafeira, dia 5, a paciente sofreu parada cardiorrespiratória. Sem médico na emergência nem no plantão geral, Maria morreu diante de profissionais de enfermagem que, por lei, não podem ministrar medicação por conta própria — disse um funcionário que não quis ser identificado.

O óbito só foi contatado por volta das 9h do dia 5, pelo médico que havia chegado para o plantão geral. Durante 8 horas, apesar de a enfermagem ter verificado a morte, a paciente ficou no leito, ligada a aparelhos.

— Os aparelhos só podem ser desligados após um médico constatar o óbito — explicou um funcionário.

O Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio, que gere o HFB, não respondeu ao EXTRA.