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Clipping - Não é só a chicungunha que os cariocas temem...

O Dia /

08/01/2017


Doenças típicas de verão, por contado calor e da umidade, assustam e podem causar problemas mais graves de saúde se não forem devidamente tratadas

O alerta de que metade dos cariocas pode sofrer com a chicungunha neste verão, feito na semana passada por autoridades de saúde, assustou muita gente. Mas não é só do mosquito da dengue, zika e chicungunha que a população deve se prevenir. Enfermidades como conjuntivite, desidratação, insolação, micoses, intoxicação alimentar, infecção urinária e cálculo renal crescem neste período.

Os casos de cálculo renal, conhecidos como “pedra nos rins”, por exemplo, aumentam em, pelo menos, 30% nesta época do ano. “Isso ocorre porque a temperatura elevada provoca maior perda de líquido, por meio do suor. As pessoas acabam não consumindo a quantidade de água necessária”, explica o urologista Mauricio Rubinstein, professor doutor em Medicina pela Uerj.

O calor e a umidade também proporcionam condições ideais para a proliferação de vírus e bactérias que causam doenças. “Com isso, tanto a higiene pessoal quanto alimentar merecem atenção redobrada nesta época do ano”, afirma o infectologista José Ribamar Branco, do Hospital São Camilo (SP). Ele explica que a alta incidência solar e a falta de higiene e de saneamento são os principais responsáveis pelo crescimento de casos das chamadas doenças de verão.

A estação começou com um incômodo para a professora universitária Verônica Mayer, de 51 anos. Dias antes do Ano Novo, ela começou a sentir mal estar e tonturas. “Eu tinha ido à praia. Fiquei muito tempo exposta ao sol, mais do que estou acostumada. Também não tinha me hidratado naquele dia. Foi o que bastou para pegar uma insolação”. Verônica não tinha tomado medidas, que os especialistas previnem para se tomar durante o verão.

Outra doença comum no verão é a conjuntivite. Para o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, as aglomerações nas praias e piscinas aumentam a incidência de conjuntivite, além de facilitar o olho seco evaporativo e a ceratite, inflamação na córnea”. A profissional de Educação Física Katia de Siqueira, 55, foi detectada com a doença. “O médico me explicou que nos dias quentes acaba piorando e também meus olhos estão mais inchados”, contou.

CONJUNTIVITE

Lavar as mãos e não esfregar os olhos, usar óculos escuros e óculos de mergulho para nadar, não usar maquiagem de terceiros e evitar nadar em piscinas sem cloro.

DESIDRATAÇÃO

Beber muita água. O ideal é ingerir de 2 a 3 litros de água durante o calor. Consumir frutas como melancia, abacaxi, que possuem nível elevado de água, pera e pêssego, que são ricas em sais minerais.

INSOLAÇÃO

Ingerir cerca de três litros de água por dia e aplicar protetor solar antes de se expor ao sol, repassando, se possível, a cada duas horas, sempre com a pele seca.

INTOXICAÇÃO POR ALIMENTOS

Consumir comidas conservadas e higienizadas e evitar comer vegetais, carnes e peixes crus em locais não confiáveis.

MICOSE

Manter todas as dobras do corpo higienizadas e secas, não compartilhar toalhas e calçados com terceiros, não vestir sapatos fechados em dias muito quentes e não andar descalço em ambientes públicos.

INFECÇÃO URINÁRIA

Beber líquido, de modo a ser o suficiente para produzir urina clara de 4 a 6 vezes por dia (2 a 3 litros), ir ao banheiro quando sentir vontade e não esperar muito tempo e manter higienizada a região genital.

CÁLCULO RENAL

Beber muita água durante o dia, reduzir a quantidade de sal e proteína na refeição, se alimentar com comidas ricas em cálcio ajudam a evitar. É essencial manter os níveis de cálcio no sangue estáveis.